Por Dimas de Melo Pimenta III 

Apesar dos sucessivos adiamentos da data de entrada em vigor do eSocial, projeto do Governo Federal que irá unificar o envio de informações trabalhistas, fiscais e tributárias por parte das empresas, que inicialmente estava previsto para valer a partir de janeiro de 2014, este período tem sido fundamental para a maturação do tema e entendimento, por parte das empresas, sobre as transformações que o novo formato de gestão das informações trará para o dia a dia dos gestores corporativos.

Na prática, o envio unificado das informações para os órgãos governamentais é a parte final de um processo que deve começar com a mobilização de todas as lideranças da empresa, não só o RH, como muita gente pensa.

Não há mudança real sem comprometimento e engajamento e, ao longo dos últimos anos, o consultor Odair Fantoni, um dos maiores especialistas em eSocial no Brasil, tem sistematicamente alertado para a necessidade de as empresas reverem todos os seus processos e práticas antes de implantar qualquer sistema de gestão de dados. “Desde 2013, quando foram concluídas as primeiras análises do projeto eSocial, surgiram os alertas para que todas as empresas realizassem uma série de ações, chamadas ‘atividades prévias’, visando ajustar seus processos a fim de se adequarem às exigências desta nova obrigação acessória”, ele diz em artigo recente.

Alguns profissionais de RH logo perceberam a importância do desafio e começaram a mobilizar as lideranças internas, mas, de maneira geral, as respostas obtidas estiveram aquém do ideal. De nada adiantará rever e ajustar os processos se os gestores não estiverem conscientes do que pode acontecer com as empresas se as boas práticas não forem respeitadas.

Assim, dá para dizer que, se a conscientização dos gestores não é a principal ação, no mínimo é uma das principais e, todas as empresas, entidades, órgãos públicos, etc., devem realizá-la. Para mudar esse cenário, é necessário investir em ações de comunicação interna absolutamente alinhadas e eficazes, que façam com que todos os stakeholders reconheçam a importância do eSocial e das boas práticas na gestão dos dados organizacionais.

Isso está longe de ser um desafio apenas do RH das empresas, mas ninguém melhor que ele para pilotar essa iniciativa, uma vez que, antes de impactar a área de TI, por exemplo, a adequação ao eSocial passa prioritariamente pela Cultura (conscientização das necessidades de mudança, revisão de políticas, procedimentos e competências na gestão), Pessoas (capacitação de profissionais para as novas exigências e pontos de atenção na execução das ações) e Processos (máximo zelo com a qualidade das informações).

http://www.rhevistarh.com.br/portal/?p=16091

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