Exame de Suficiência em Foco

Preocupado com o desempenho dos bacharéis em ciências contábeis no próximo exame de suficiência do CFC, o Portal Essência Sobre a Forma em parceria com o Professor Ahmed Sameer El Kathib irá publicar diariamente uma questão comentada e resolvida dos exames anteriores, esta iniciativa surgiu de pedidos dos próprios usuários do Portal, “Nossa missão é disseminar o conhecimento através do compartilhamento de informações contábeis”, diz Ronnie de Sousa, sócio fundador do Portal. O material esta disponível em www.essenciasobreaforma.com.br

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Exame de suficiência do CFC 01/2011 - questão 03
Resolvida e explicada por: Ronnie de Sousa

Uma sociedade empresária realizou as seguintes aquisições de produtos no primeiro bimestre de 2011:

03/01/2011 40 unidades a R$30,00

24/01/2011 50 unidades a R$24,00

01/02/2011 50 unidades a R$20,00

15/02/2011 60 unidades a R$20,00

Sabe-se que:

A empresa não apresentava estoque inicial.

No dia 10.2.2011, foram vendidas 120 unidades de produtos ao preço de R$ 40,00 cada uma.

Não será considerada a incidência de ICMS nas operações de compra e venda.

O critério de avaliação adotado para as mercadorias vendidas é o PEPS.

O Lucro Bruto com Mercadorias, a quantidade final de unidades em estoque e o valor unitário de custo em estoques de produtos, no dia 28.2.2011, são de:

a) R$ 1.800,00 e 80 unidades a R$20,00 cada.

b) R$ 1.885,71 e 80 unidades a R$24,29 cada.

c) R$ 1.980,00 e 80 unidades a R$23,50 cada.

d) R$ 2.040,00 e 80 unidades a R$23,00 cada.

Explicação:

Para resolver esta questão foi necessário elaborar uma ficha para localizar o estoque e o

valor unitário do custo, além de uma demonstração para localizar o lucro bruto:

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Desta forma localizamos:

Lucro Bruto: R$ 1.800,00
Estoque: 80 unidades
Valor unitário do estoque: R$ 20,00
Opção correta: "A
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Exame de suficiência do CFC 01/2011 - questão 11
Resolvida e explicada por: Ahmed Sameer El Khatib

Uma empresa pagou, em janeiro de 2010, o aluguel do galpão destinado à área de produção, relativo ao mês de dezembro de 2009. O lançamento correspondente ao pagamento do aluguel irá provocar:

a) um aumento nas Despesas e uma redução de igual valor no Ativo.
b) um aumento nos Custos e uma redução de igual valor no Ativo.
c) uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Passivo.
d) uma redução no Ativo e uma redução de igual valor no Patrimônio Líquido.

Explicação:

Trata-se de uma questão simples de contabilidade geral, envolvendo escrituração.

O lançamento em dezembro de 2009, respeitando o regime de Competência será:

Débito em “Despesa de Aluguel”, na DRE.

Crédito em “Aluguel a Pagar”, no Passivo Circulante

Dessa forma, quando do pagamento do aluguel em janeiro de 2010, teremos:

Débito de “Aluguel a Pagar”, no Passivo Circulante

Crédito em “Caixa e Equivalentes de Caixa”

Em termos patrimoniais, teremos em janeiro de 2010, uma redução do Ativo Circulante (Caixa e Equivalentes de Caixa) no mesmo valor que foi provisionado na conta de Aluguel a Pagar, no Passivo Circulante. Portanto, a redução em ambos, pelo método das partidas dobradas, será de mesmo valor.

Resposta: Alternativa C.
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Exame de suficiência do CFC 01/2011 - questão 08
Resolvida e explicada por: Ahmed Sameer El Khatib

Uma empresa adquiriu um ativo em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado contabilmente por R$15.000,00. A vida útil do ativo foi estimada em cinco anos.

Espera-se que o ativo, ao final dos cinco anos, possa ser vendido por R$3.000,00. Utilizando-se o método linear para cálculo da depreciação e supondo-se que não houve modificação na vida útil estimada e nem no valor residual, ao final do ano de 2010, o valor contábil do ativo líquido será de:

a) R$7.200,00.

b) R$9.000,00.

c) R$10.200,00.

d) R$12.000,00.

Explicação:

Trata-se de um tema bastante explorado nas provas do CFC. A depreciação de ativos deve ser estudada, considerando todos os seus métodos (não somente o linear, pois já foi cobrado em provas o método da soma dos algarismos dos anos, por exemplo) e variações. Alguns conceitos que precisam ser relembrados:

Cálculo:

Considerando:

Valor Residual Estimado: R$ 3.000,00

n 5 anos

Método de depreciação: Linear (Quotas Constantes)

Temos:

R$15.000,00 – R$3.000,00 = R$12.000,00 = Valor a ser Depreciado

Atenção: A grande maioria dos alunos erra aqui, ou seja, não considera a dedução dos R$ 3.000,00 de valor residual. O examinador sabe disso e coloca dentre as alternativas possíveis aquela em que o aluno chegaria, caso errasse nesse ponto inicial.

R$12.000,00 ÷ 5 (vida útil) = R$2.400,00 = Depreciação Anual

R$2.400,00 x 2 (dois anos, 2009 e 2010) = R$4.800,00 = Depreciação Total

Valor do Imobilizado = R$15.000,00

Depreciação Acumulada = (R$ 4.800,00)

Valor contábil do Ativo Líquido = R$10.200,00

Resposta correta: c) R$10.200,00

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Exame de suficiência do CFC 01/2011 - questão 07
Resolvida e explicada por: Ahmed Sameer El Khatib

Uma determinada sociedade empresária vendeu mercadorias para sua controladora por R$300.000,00, auferindo um lucro de R$50.000,00. No final do exercício, remanescia no estoque da controladora 50% das mercadorias adquiridas da controlada.

O valor do ajuste referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de:

a) R$ 25.000,00

b) R$ 50.000,00

c) R$ 150.000,00

d) R$ 300.000,00

Explicação:

Trata-se de uma questão bastante recorrente nos exames de suficiência do CFC, a avaliação de investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP). Vale ressaltar que tal método consiste em ajustar o Ativo (Conta do Investimento) da empresa investidora de acordo com as variações no Patrimônio Líquido (PL) da empresa investida, sempre proporcionalmente em relação ao percentual de controle da primeira sobre a segunda.

Entretanto, está incompleta, pois não mencionou esse percentual de participação, por isso iremos considerá-lo 100% para chegarmos à resposta apresentada pela banca examinadora. Os resultados não realizados (lucros) das transações entre controlada e coligada devem ser reduzidos quando da avaliação do PL da empresa controlada para fins da Equivalência Patrimonial na controladora.

Uma informação importante é que houve lucro na venda das mercadorias da controlada para a controladora, e esse resultado deve ser ajustado pelo MEP.

Cálculo:

• Lucro na data da transação:

R$ 50.000,00

• Resultado realizado (venda das mercadorias) até o fim do exercício:

50% x R$ 50.000,00 = R$ 25.000,00

• Resultado não realizado até o fim do exercício:

R$ 50.000,00 – R$ 25.000,00 = R$ 25.000,00

Uma dica importante é que basta conhecermos o valor do lucro na transação, não importando assim o valor de custo das mercadorias. O resultado (lucro) não realizado permanecerá como valor a ser reduzido, sempre de forma proporcional à realização, quando da aplicação do MEP, até que não haja mais mercadorias em estoque.

Resposta: a) R$ 25.000,00

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Exame de suficiência do CFC 01/2011 - questão 25
Resolvida e explicada por: Ahmed Sameer El Khatib

Um analista de custos resolveu aplicar as técnicas de análise do Ponto de Equilíbrio Contábil para verificar o desempenho de uma determinada empresa. Sabia que a empresa vinha vendendo, nos últimos meses, 30.000 pacotes de produtos/mês, à base de R$35,00 por pacote.

Seus custos e despesas fixas têm sido de R$472.500,00 ao mês e os custos e despesas variáveis, de R$15,00 por pacote.

A margem de segurança é de:

a) R$ 223.125,00

b) R$ 270.000,00

c) R$ 826.875,00

d) R$ 1.050.000,00

Explicação:

Antes de resolver a questão é importante que lembremos de dois conceitos muito importantes e que tem caído cada vez mais nos exames de suficiência do CFC: Margem de Segurança Operacional e Ponto de Equilíbrio.

Ponto de Equilíbrio:

Representa o volume de faturamento suficiente para cobrir todos os gastos, ou seja, Custos e Despesas Fixas e Variáveis, sem que haja resultado. Não haverá nem lucro, nem prejuízo, conforme gráfico abaixo:
3753464080?profile=original

A apuração do Ponto de Equilíbrio é realizada pela divisão do total de Custo e Despesa fixa, pelo percentual de margem de contribuição.

Margem de Segurança Operacional:

Trata-se da diferença entre a quantidade atual de venda e a quantidade de venda no ponto de equilíbrio, quando a quantidade atual de venda for maior, ou seja, a quantidade de margem de segurança, garante uma venda com lucro já que o ponto de equilíbrio não dá nem lucro nem prejuízo.

Voltando a resolução da questão, em primeiro lugar teremos que calcular o ponto de equilíbrio em quantidades, depois a quantidade correspondente a margem de segurança operacional, e por fim a margem de segurança operacional em valores.

Ponto de Equilíbrio em quantidades:

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Custos e Despesas Fixas = R$ 472.500,00

Valor de venda unitário = R$ 35,00

Custos e Despesas Variáveis por unidade = R$ 15,00

PEq. = 472.500,00 ÷ (35,00 - 15,00) =

PEq. = 472.500,00 ÷ 20,00 =

PEq = R$ 23.625,00 (ponto de equilíbrio por unidade)

Margem de Segurança Operacional em quantidades:

30.000 unidades vendidas - 23.625 unidades no ponto de equilíbrio = 6.375 unidades de margem de segurança operacional

Logo:

6.375 x R$ 35,00 = R$223.125,00 Margem de Segurança Operacional em Reais

Resposta: a) R$ 223.125,00
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Exame de suficiência do CFC 01/2011 - questão 48
Resolvida e explicada por: Ahmed Sameer El Khatib

As Ciências Contábeis inseridas na sustentabilidade

Rosangela Beckman e Dandara Lima;

Colaboraram Fabrício Santos e Maria do Carmo Nóbrega.

Em decorrência do progresso crescente, diversos segmentos da sociedade voltaram suas preocupações para uma esfera de que até bem pouco tempo não se falava muito: a preservação ambiental e o ônus decorrente dessa expansão mundial. Em vista disso, determinados setores da sociedade partiram em busca de estratégias controladoras com a finalidade de que fossem produzidas soluções eficazes para o desenvolvimento sustentável.

A Contabilidade, que é uma ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades, enveredou nessa linha social e recoloca-se como uma ferramenta gerencial fundamental com vistas a conferir os encargos decorrentes dos impactos ambientais deflagrados pelas atuais atividades econômicas.

Com o objetivo de tornar evidente esse relacionamento entre empresa e meio ambiente, a Contabilidade Socioambiental, autenticada como mais um segmento das Ciências Contábeis, que vem ganhando espaço privilegiado atualmente na sociedade, foi concebida para fornecer informações e interpretações pontuais a empresas, governos e demais usuários a respeito de seu patrimônio ambiental e os respectivos efeitos ocasionados pelos danos ao meio ambiente, os quais podem ser mensurados em moeda.

(Revista Brasileira de Contabilidade. Maio / junho de 2007 – nº 183, p. 20. Com adaptações.)

Segundo o texto, é INCORRETO afirmar que:

a) a Contabilidade Socioambiental tem como objeto o relacionamento entre entidade e meio ambiente.
b) encargos relativos ao impacto ambiental são mensuráveis em moeda.
c) estratégias de controle ambiental levam ao desenvolvimento sustentável.
d) o progresso mundial implica degradação ambiental.

Explicação:

Vamos analisar cada alternativa para identificar a INCORRETA:

a) a Contabilidade Socioambiental tem como objeto o relacionamento entre entidade e meio ambiente.
Note que no 3º parágrafo temos a resposta. “Com o objetivo de tornar evidente esse relacionamento entre empresa e meio ambiente”. Alternativa CORRETA.

b) encargos relativos ao impacto ambiental são mensuráveis em moeda.
É exatamente isso que o autor afirma no final do 3º parágrafo . “...efeitos ocasionados pelos danos ao meio ambiente, os quais (quais refere-se aos efeitos ocasionados) podem ser mensurados em moeda. Alternativa CORRETA.

c) estratégias de controle ambiental levam ao desenvolvimento sustentável.
Mais uma vez, a resposta está explicita no próprio texto. Veja o que diz a antepenúltima linha do primeiro parágrafo: “...determinados setores da sociedade partiram em busca de estratégias controladoras com a finalidade de que fossem produzidas soluções eficazes para o desenvolvimento sustentável. Alternativa CORRETA.

d) o progresso mundial implica degradação ambiental.
Em nenhuma parte do texto é possível encontrar essa afirmação. O autor cita que, de fato, o atual modelo de crescimento econômico tem causado degradações ao meio ambiente e que a Contabilidade, nesse sentido, pode servir de ferramenta para mensurar seus efeitos, mas em nenhum momento associa o progresso, diretamente, com a degradação ambiental. Alternativa INCORRETA.

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Exame de suficiência do CFC 01/2011 - questão 49
Resolvida e explicada por: Ahmed Sameer El Khatib

As Ciências Contábeis inseridas na sustentabilidade

Rosangela Beckman e Dandara Lima;

Colaboraram Fabrício Santos e Maria do Carmo Nóbrega.

Em decorrência do progresso crescente, diversos segmentos da sociedade voltaram suas preocupações para uma esfera de que até bem pouco tempo não se falava muito: a preservação ambiental e o ônus decorrente dessa expansão mundial. Em vista disso, determinados setores da sociedade partiram em busca de estratégias controladoras com a finalidade de que fossem produzidas soluções eficazes para o desenvolvimento sustentável.

A Contabilidade, que é uma ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades, enveredou nessa linha social e recoloca-se como uma ferramenta gerencial fundamental com vistas a conferir os encargos decorrentes dos impactos ambientais deflagrados pelas atuais atividades econômicas.

Com o objetivo de tornar evidente esse relacionamento entre empresa e meio ambiente, a Contabilidade Socioambiental, autenticada como mais um segmento das Ciências Contábeis, que vem ganhando espaço privilegiado atualmente na sociedade, foi concebida para fornecer informações e interpretações pontuais a empresas, governos e demais usuários a respeito de seu patrimônio ambiental e os respectivos efeitos ocasionados pelos danos ao meio ambiente, os quais podem ser mensurados em moeda.

(Revista Brasileira de Contabilidade. Maio / junho de 2007 – nº 183, p. 20. Com adaptações.)

49. No texto, é CORRETA a substituição, sem mudança de sentido, de

a) “até bem pouco tempo” (linha 2) por a bem pouco tempo atrás.
b) “de que fossem produzidas” (linha 5) por de que se produza.
c) “eficazes” (linha 6) por eficientes.
d) “Em decorrência” (linha 1) por Como resultado.

Explicação:

Vamos analisar cada alternativa para identificar a CORRETA:

a) “até bem pouco tempo” (linha 2) por a bem pouco tempo atrás.
“até bem pouco” refere-se ao passado. Substituir por “a bem pouco tempo atrás” mudaria o sentido da frase, pois “a” é preposição, utilizada para indicar tempo futuro. Estaria correto e não perderia seu sentido se estivesse grafado com “há” do verbo haver, que é utilizado para indicar existência de algo ou tempo decorrido. Alternativa INCORRETA.

b) “de que fossem produzidas” (linha 5) por de que se produza.
Basta olhar o sentido dessa expressão no texto. “de que fossem produzidas”, refere-se às soluções eficazes para o desenvolvimento sustentável que deveriam ser produzidas no passado. Perderia o sentido se trocássemos por “por de que se produza” remete ao futuro. Alternativa INCORRETA.

c) “ eficazes” (linha 6) por eficientes.
Não podemos confundir eficiência com eficácia ou efetividade. A questão cobra o sentido correto da palavra. Para ilustrar. Eficiência é quão otimizado você consegue realizar uma tarefa. Ex: quanto menos funcionários e menos tempo você conseguir dispensar numa tarefa, mais eficiente será sua empresa. Assim, se a empresa “ABC Contábil” precisar de 100 funcionários para realizar uma tarefa qualquer e a empresa “DEF Contábil” precisar apenas de 50 para realizar a mesma tarefa, então a empresa “DEF” é mais eficiente.
Por outro lado, eficácia é a capacidade de realizar, efetivamente, o que se propõe. Ex: se sua empresa promete um projeto par ao dia 31/03/2013 e ela conseguir entregar no prazo ou antes, então ela é eficaz. Outro exemplo, um remédio que livra você da dor de cabeça, principalmente em época de estudos para o exame de suficiência, em 1 hora, é eficaz. Alternativa INCORRETA.

d) “Em decorrência” (linha 1) por Como resultado.
O próprio significado de decorrência faz com que encontremos a alternativa “d” como correta, pois se refere a conseqüência ou resultado. Substituir por “Como resultado”, mantém o sentido original da frase. ALTERNATIVA CORRETA.

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Exame de suficiência do CFC 01/2011 - questão 27
Resolvida e explicada por: Ahmed Sameer El Khatib

A Lei no. X, publicada no dia 30 de agosto de 2010, majorou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, sendo omissa quanto à sua entrada em vigor.

Com relação à situação hipotética apresentada e à vigência das leis tributárias, assinale a opção CORRETA.

a) A referida majoração somente poderá ser cobrada nos casos em que os fatos geradores tenham ocorrido a partir de 1°.1.2011, devido aos Princípios da Legalidade, da Anualidade e da Tipicidade Cerrada.
b) De acordo com o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, a referida majoração somente poderá ser cobrada em face dos fatos geradores ocorridos após noventa dias da sua publicação.
c) Os valores provenientes dessa majoração podem ser cobrados em face dos fatos geradores ocorridos a partir de sua publicação, já que o IPI não se submete ao Princípio da Anterioridade.
d) Poderá ser cobrada a referida majoração em face dos fatos geradores ocorridos após quarenta e cinco dias da publicação na Lei no. X, devido à regra contida na Lei de Introdução ao Código Civil, já que aquela Lei foi omissa quanto a sua entrada em vigor.

Explicação:

Para resolvermos a questão acima, é necessário um conhecimento prévio de Direito (Tributário e Constitucional), em especial, de dois Princípios muito importantes, que dizem respeito à entrada em vigor de uma Lei: Principio da Anterioridade Nonagesimal (também conhecido, por alguns autores, como “Noventena”) e Principio da Anterioridade (também conhecido como “Princípio do Exercício Financeiro”, por alguns estudiosos).

Um resumo para entendermos a regra, com base na Constituição Federal de 1988:

I) Tributos de exigência imediata (não respeitam o exercício financeiro e nem os 90 dias):
a) II, IE, IOF;
b) Imposto extraordinário de guerra;
c) Empréstimo compulsório por calamidade pública.

II) Observam apenas os 90 dias:
a) contribuições previdenciárias;
b) IPI;
c) Cide- combustível e ICMS-combustível.

III) Observam apenas a regra do exercício financeiro:
A) empréstimo compulsório para investimento público;
B) IR;
C) Base de cálculo do IPTU e IPVA.

A alternativa correta a ser considerada é a “b”, pois de acordo com o princípio da anterioridade nonagesimal, que é o princípio de Direito Tributário que estabelece que não possa haver cobrança de tributo senão decorridos no mínimo 90 dias após a promulgação da lei que o instituiu. Assim sendo, um tributo só poderá ser cobrado pelo Fisco após 90 dias da publicação, no Diário Oficial da lei que o criou. Este princípio encontra seu fundamento legal na Constituição Federal, em seu art. 150, III, "c":

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.

Resposta Correta: Alternativa “b”.

Fonte: Essência sobre a Forma.

http://www.essenciasobreaforma.com.br/

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